“Sim, os homens também podem ter câncer de mama”. Quem explica é a Dr.a Edna Cristina Padula Castro Prieto, médica da Clínica Radiológica de Rio Verde.
Na matéria desta semana, vamos abordar esse assunto, que apesar da relevância, ainda é pouco difundido no Brasil. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 1% dos casos da doença acomete o homem, ou seja, a cada 100 diagnósticos novos 99 são em mulheres e apenas um é masculino.
Embora raro de acontecer, isso não quer dizer que os homens podem se descuidar. Conforme a Dr.a Edna, o câncer de mama que atinge homens e mulheres é basicamente o mesmo, mas no caso deles há algumas particularidades. “Pelo fato de não ser uma doença comum, o homem não tem o hábito de fazer o autoexame das suas mamas. Daí, geralmente quando ele descobre o câncer já está evoluído”.
Normalmente a doença aparece em homens mais velhos, acima dos 60 anos, e pode ser mais frequente em homens cujas famílias apresentam muitos casos de câncer de mama (mesmo que em mulheres) e câncer de ovário.
Pode ser também, de acordo com a Dr.a Edna, que às vezes este aumento da mama no homem, ou mesmo o caroço, seja apenas uma ginecomastia – o que é mais comum –, que significa um aumento benigno da glândula mamária, sem risco para câncer de mama. Ela pode ter inúmeras causas, como o uso de anabolizantes ou hormônios. “A mamografia e o ultrassom são os melhores métodos para diferenciar a ginecomastia do câncer de mama masculino”, frisa a médica.
Diagnóstico
Justamente por ser mais raro, não existe rastreamento de câncer de mama (ou seja, não é feita mamografia de rotina neles), a não ser que cheguem ao médico com alguma queixa na mama. Portanto, o mais importante é que cada homem preste atenção ao seu corpo.
Sintomas
• Surgimento de um caroço próximo ao mamilo
• Retração do mamilo
• Dor unilateral na mama
• Secreção pelo mamilo
Tratamento
Como a mama masculina é pequena e os nódulos são atrás do mamilo, a cirurgia costuma ser a retirada de toda a mama com a aréola e o mamilo tendo de sair como margem de segurança (mastectomia total), com a cirurgia axilar (retirada de um gânglio – linfonodo sentinela – ou de vários gânglios da axila) no mesmo tempo cirúrgico.
Outros tratamentos podem ser necessários, como quimioterapia, radioterapia, bloqueio dos hormônios. Tudo vai depender do tamanho do tumor e de suas características biológicas.
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